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Ministério de Jovem Igreja Beréia
Ministério de Jovem Igreja Beréia

- I Seminário de Jovens – outubro 2012

 
TEMA: COMO OUVIR A VOZ DE DEUS EM MEIO AS NOSSAS VIDAS TAO COMPLEXAS E COMO NOS TORNA-MOS CHEIO DO ESPIRITO SANTO

 

 
TEXTO DE REFLEXAO:

 

"E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”

 

 
Romanos 12:2

 

"Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas."

 

Filipenses 4:8


INTRODUÇAO

 

 
"Um ouvido aberto é o único sinal acreditável de um coração aberto."(David Augsburger).

 

A comparação que eu fiz foi que às vezes o mundo faz muito barulho, e tira nossa atenção ao que Deus está nos dizendo. E a tendência desse barulho é sempre aumentar.

 

No começo a gente até se incomoda, mas se não fizermos nenhum esforço para ouvi-Lo, o incomodo vira acomodação, e nós começamos a não ouvir mais a voz de Deus e acostumar-se com o barulho do mundo.

 

"Não me deixes ficar pensando em coisas sem valor" - Salmos 119:37

 

Ou o ditado que vovó costumava dizer: cabeça vazia, oficina do diabo.

 

Deus está falando, a gente só precisa aumentar o volume o quanto pudermos e prestar atenção em cada palavra, em cada nota, em cada detalhe do que Ele está dizendo, e nos encher disso.

 

A partir do momento em que ouvirmos mais a Deus do que ao mundo ou os problemas dele, nossa música ficará tão alta que as pessoas ao nosso redor passarão a ouvi-la.

 

 
Transição: como ter um relacionamento intimo com Deus, no mundo barulhento em que vivemos, temos que parar de ouvir a voz do mundo diminuindo o seu volume, e aumentando o volume da voz de Deus. Eu gostaria de compartilhar com vocês jovens nesta manha uma historia de um jovem que independente de sua crise pessoal, família, do seu pais este jovem não abriu Mão de querer ter uma intimidade com Deus.


Não era fácil ser jovem nos dias de Daniel. A nação inteira estava vivendo em fragrante desobediência a Deus. Os tempos de fervor espiritual haviam se acabado com a reforma religiosa do rei Josias. Deus, então, através de Jeremias e Habacuque alerta o povo que um tempo de calamidade aconteceria. A poderosa Babilônia invadiria Jerusalém e levaria o povo para o cativeiro.

 

 Em 606 Nabucodonosor cercou Jerusalém e saqueou o templo e levou todos os seus tesouros para a Babilônia. Levou também as pessoas ricas, jovens e bem-dotadas, deixando os demais para trás. Estabeleceu Zedequias no governo, mas este se rebelou contra a Babilônia. Então, Nabucodonosor cercou a cidade por mais de dois anos até que a fome vencesse o povo dentro de suas muralhas. Depois invadiu a cidade, incendiou o templo, quebrou os muros, forçou as jovens, matou os jovens e levou o povo para o cativeiro.

 

 A Babilônia era o maior império do mundo. Era a senhora do universo. As muralhas da cidade da Babilônia eram inexpugnáveis com 30 metros de altura e dava para três carros aparelhados com mais de 1.200 torres. Ali havia uma das sete maravilhas do mundo antigo: os jardins suspensos da Babilônia.

 

 Nesse contexto de apostasia, mundanismo, infidelidade a Deus, desobediência, guerra e ameaça de uma invasão internacional é que Daniel cresce. É nesse tempo dramático que ele vive sua infância e adolescência. Seria ele produto do meio? Seria ele um a mais na massa que se enveredava para as sombras do pecado?

 

 
I - DANIEL, UM JOVEM FIEL A DEUS A PESAR DE UM PASSADO DE DOR.

 

1. No meio de uma geração que se corrompia, Daniel possuía valores absolutos
• Daniel foi criado num contexto de piedade. Era ainda adolescente, mas conhecia a Deus. Era ainda jovem, mas sabia o que era certo e errado. Estava no alvorecer da sua vida, mas não se mistura com aqueles que se entregam ao relativismo moral. É um jovem que tem coragem de ser diferente. 
• Daniel estava vendo uma geração que estava colhendo o que seus pais haviam semeado – v. 2 – Jerusalém fica intacta nesta primeira invasão, mas o templo é saqueado. Isto não foi por acidente. Por muito tempo os judeus haviam confiado no templo e não no Senhor (Jr 7:7). Acham que enquanto tivessem o templo estariam a salvo. Mas o templo não os salvou. Uma religião sem vida não nos salvará. Confiar no templo não era um substituto para o arrependimento. Deus reina, quer seu templo exista, quer não. A invasão da Babilônia, o saque do templo, os tesouros transportados e os cativos a chorar, tudo isso foi obra de Deus. O povo estava sendo derrotado, mas Deus era vitorioso.

 

2. No meio de tragédias terríveis, Daniel não deixa o seu coração se azedar


a) Daniel perdeu a sua nacionalidade – Ele foi arrancado da sua Pátria. Ele perdeu sua bandeira. Ele foi tirado do seu lar.
b) Daniel perdeu a sua família – Ele foi arrancado dos braços de seus pais, da sua família, dos seus amigos, dos seus vizinhos. Ele foi agredido, violentado em seus direitos.
c) Daniel perdeu a sua liberdade – Ele sai de casa não como estudante, mas como escravo. Ele não é dono da sua vida. Ele está debaixo de um jugo. A sua cidade foi cercada. A fome desesperadora tomou conta do seu povo. As mães comiam os seus próprios filhos. As jovens foram forçadas. Os jovens passados ao fio da espada. Outros levados cativos.
d) Daniel perdeu a sua religião – Seu país foi invadido. Sua cidade foi arrasada. Seu templo foi derrubado. Seu povo estava debaixo de opróbrio. Estava agora longe de casa, em um país estranho, com uma língua estranha, sem a Palavra de Deus nas mãos, sem o templo, sem sacerdotes, sem culto. 
e) Daniel a despeito das perdas, não é um jovem influenciado, mas um influenciador – As pessoas que foram levadas cativas entregaram-se à depressão, nostalgia, choro, desânimo, amargura e ódio (Salmo 137). Daniel escolheu ser uma luz, uma testemunha, um jovem fiel a Deus em terra estranha. “Não é o que as pessoas nos fazem que importa, mas como reagimos a isso”.

3. No meio de uma cultura sem Deus e sem absolutos morais, Daniel não se corrompe
• Daniel é levado para a Babilônia eivada de idolatria. É levado para esse panteão de divindades pagãs, para a capital mundial da astrologia e feitiçaria. Daniel vai como escravo para uma terra sem o conhecimento de Deus, onde não havia a Palavra de Deus nem o temor de Deus, onde o pecado campeava solto. Mas, mesmo na cidade das liberdades sem fronteiras, do pecado atraente e fácil, Daniel mantém-se íntegro, fiel e puro diante de Deus.

 

II. DANIEL, UM JOVEM FIEL A DEUS APESAR DE UM PRESENTE DE OPORTUNIDADES E GRANDES RISCOS.

 

 
1. Escolhido para estudar na Universidade da Babilônia
• Nabucodonosor era um estadista e um estrategista. Ao mesmo tempo em que seus exércitos eram devastadores, queimando casas, cidades, demolindo palácios e templos. Ao mesmo tempo em que assassinavam, saqueavam e carregavam manadas para a Babilônia; também cria uma Universidade para formar jovens cativos que pudessem amar a Babilônia e se tornarem divulgadores da sua cultura. O método de Nabucodonosor era deportar a nobreza de cada nação conquistada e integrá-la no serviço público de Babilônia. Eles mesmos governariam sobre os demais súditos conquistados. Assim, aqueles que se rebelassem teriam de fazê-lo contra seu próprio povo, talvez contra seus próprios filhos.

 

 
• O vestibular era composto de três exames:

 

1) Qualidades Sociais – linhagem real e dos nobres;

 

2) Qualidades Físicas e Morais – jovens sem nenhum defeito e de boa aparência;

 

 3) Qualidades Intelectuais – instruídos em toda sabedoria, doutos em ciência, versados no conhecimento e competentes para assistirem no palácio. Os aprovados deveriam andar pelos corredores do poder.


2. Promessa de emprego garantido e sucesso profissional
• O v. 5 nos informa que o curso da Universidade de Babilônia era de período intensivo e demorava apenas três anos e depois disso eles iriam assistir no Palácio. Era emprego no primeiro escalão do governo mais poderoso do mundo. Era uma chance de ouro. Era tudo que um jovem queria na vida. Era tudo que um pai ou pai podia sonhar para os seus filhos. Mas, cuidado: o que adianta você ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? O que adianta você ficar rico, vendendo a sua alma ao diabo (O filme O Advogado do diabo). O que adianta você ter sucesso, mas perder a sua fé? O que adianta você ser famoso, mas não ter uma vida limpa?

 

 
3. Cuidado, a amizade do mundo é inimizade contra Deus – O perigo da aculturação
a) Cuidado com as iguarias do mundo! – Os jovens além de terem a melhor Universidade do mundo de graça, ainda teriam comida de graça, e da melhor qualidade. Eles só teriam que pensar em seus estudos. Deveriam até mesmo esquecer que eram judeus, a fim de tornarem-se babilônios. Deveriam esquecer que eram servos de Deus, e tornarem-se servos de um rei terrestre. Mas as iguarias da mesa do rei eram comidas sacrificadas aos ídolos. Cada refeição, no palácio real de Babilônia, se iniciava com um ato de adoração pagã. Comer aqueles alimentos era tornar-se participante de um culto pagão. Todas as maças do diabo são bonitas, mas elas têm bicho. Os banquetes do mundo são atraentes, mas o mundo jaz no maligno. Ser amigo do mundo é ser inimigo de Deus. Aquele que ama o mundo o amor do Pai não está nele. Não entre na forma do mundo. Fuja dos banquetes que o mundo lhe oferece! Fuja das festas do mundo! Fuja das boates, das noitadas, dos lugares que podem ser um laço para a sua vida. Muitos diriam hoje: “Daniel, você está sendo muito radical, muito puritano, muito intransigente. Por que criar um caso com uma coisa tão pequena como comer alimento oferecido aos ídolos? Por que não colocar esses escrúpulos de lado? Pense na influência que você pode exercer, encontrando-se no serviço público da Babilônia. Você vai salgar aquele ambiente. Você vai ser uma luz lá no palácio. Deixe de lado esse radicalismo seu. Mas Daniel prefere à prisão ou a morte a infidelidade. Daniel disse: “Prefiro a morte a pecar, ainda que um pouco.” 
b) Cuidado com a mudança dos valores! – Seus nomes foram trocados. Isso significa, vamos esquecer o passado. Entre os hebreus o nome era resultado de uma experiência com Deus. Todos os quatro jovens judeus tinham nomes ligados a Deus. Seus nomes foram trocados e vinculados às divindades pagãs de Bel, Marduque, Vênus e Nego. Os caldeus queriam varrer o nome de Deus do coração de Daniel. A universidade da Babilônia queria tirar a convicção de Deus da mente de Daniel. Queria plantar nele novas convicções, novas crenças, novos valores, por isso mudaram seus nomes. 
c) Cuidado com as ofertas vantajosas! – Muitos judeus se dispuseram a aceitar as ofertas generosas da Babilônia. Pensaram: É melhor esquecer Sião. É melhor esquecer os absolutos da Palavra de Deus. Isso não tem nada a ver. A Bíblia já não serve mais para nós. Agora estamos num estágio mais avançado: estamos estudando as ciências. Além do mais a Babilônia oferecia riquezas, prazeres e Jerusalém era muito repressora. A lei de Deus, pensavam, é muito rígida, tem muitos preceitos. E assim, muitos se libertaram de seus escrúpulos e esqueceram-se de Deus, da sua Palavra. Para eles, tudo havia se tornado relativo. Os tempos estavam mudando depressa e eles precisam se adaptar às mudanças.
d) Cuidado com o que está por trás das vantagens do mundo! – Daniel e seus companheiros era jovens comprometidos com a verdade. Os caldeus mudaram seus nomes, mas não seus corações. Eles. compreenderam que a babilonização era uma porta aberta para a apostasia. Sentiram que o paternalismo da Babilônia era pior do que a espada da Babilônia. A guerra das idéias, a lavagem cerebral, a relativação da moral, a filosofia do que “nada tem nada a ver” é procedente do maligno. Daniel não negociou seus valores. Ele não se corrompeu. Não se mundanizou. Ele teve coragem para ser diferente mesmo quando foi pressionado a se contaminar, mesmo quando não era vigiado e mesmo quando estava correndo risco de vida.

 

 
4. A determinação de não se contaminar
• Daniel estava no mundo, mas não era do mundo. Deus não livrou Daniel do perigo, mas lhe deu livramento no perigo. Ele não satanizou a cultura, dizendo que tudo era do diabo, mas ele percorreu os corredores da Universidade e do Palácio sem se corromper. Mesmo cercado por uma babel de outras vozes, sempre se orientou pela voz de Deus. Resistiu sempre aos interesses da Babilônia, quando esses se chocavam com os interesses do Reino de Deus.

 

a) Daniel foi corajoso em sua decisão – Ele podia perder a vida, o emprego, a oportunidade da sua vida. Ele podia pensar: Vou fazer só essa concessão. Deus sabe que meu coração é dele. Vou ceder só nesse ponto. Mas não, Daniel era um homem de absolutos. Ele não transigia com o pecado. Seu grande projeto de vida era honrar a Deus.

 

b) Daniel foi sábio em sua decisão – Daniel teve tato para lidar com as dificuldades. O verso 8 nos informa que ele resolveu e pediu. Ele foi firme e gentil. Ele foi firme e perseverante. Ele não disse: “Eu não como carne.” Mas é ordem do Rei, “azar do rei”. Se tivesse feito isso, certamente seria um jovem morto e se morresse não era por fidelidade, mas por burrice. Daniel era sábio, discreto, gentil e sensível. Mas também era firme.

 

c) Daniel foi coerente durante todas as suas decisões 
• Porque disseram NÃO nas provas mais simples, puderam dizer NÃO nas provas mais difíceis. Seus amigos depois enfrentaram a fornalha e ele a cova dos leões. Não transija. Não venda sua consciência. 
• Nosso mundo está mudando todo dia: as pessoas dizem para você: que nada! Os tempos mudaram: sexo antes do namoro não tem problema. Dançar nas boates não tem problema. Ficar com um rapaz ou moça hoje e com outro ou outra amanhã não tem problema. Visitar os sites pornográficos na Internet não tem problema. Jesus disse: “Se o teu olho te faz tropeçar arranca-o…” 
• Daniel era radical na sua posição. Não estava aberto a mudanças. Fidelidade a Deus era inegociável para ele. Mas hoje muitos jovens estão se contaminando. Namoros, roupas, jovens de brinco, piercings, tatuagens. Exemplo: O jovem ferido que blasfemava e tinha uma tatuagem de Cristo no peito. Seu Cristo estava apenas do lado de fora.

 

III. DANIEL, UM JOVEM FIEL APESAR DE UM FUTURO DE GLÓRIA.

 

 1. Ele ganhou a confiança do chefe dos eunucos
• Apenas ficou com medo e tentou demovê-lo, mas Daniel argumentou. Confiou em Deus e Deus o honrou e ele e seus amigos tornaram-se mais robustos que os outros estudantes. Jovem crente precisa se destacar. Ele é cabeça e não cauda. Servir a Deus nos põe na frente!

 

2. Ele foi aprovado com grande honra
• Finalmente o curso de três anos terminou. Era hora dos exames finais. Como nas Universidades Britânicas em dias passados, estes exames não eram escritos, mas orais. O próprio rei os examinou. E Daniel e seus amigos foram examinados, aprovados e considerados dez vezes mais sábios que os outros estudantes. Como resultado, cada um dos quatro foi colocado em um alto cargo. Porque foram fiéis a Deus, o Senhor os honrou e os fez dez vezes mais cultos e mais eminentes que os mais sábios. Eles estavam no palácio do rei da Babilônia, servindo ao Rei Eterno, o Deus Todo Poderoso.

 

3. Ele passou a servir diante do rei
• Daniel tornou-se primeiro ministro da Babilônia. Figurou entre os maiores do grande império. Tornou-se homem de projeção. Foi uma bênção durante toda a sua vida. Muitos crentes anseiam por posições mais altas, mas para isso negociam valores, vendem suas consciências, se corrompem e envergonham o nome de Deus. Se não vivermos agora honrando a Deus nas pequenas coisas, jamais o honraremos quando chegarmos a altas posições.

 

 
4. Ele foi maior do que a própria Babilônia
• A Babilônia caiu, mas Daniel continuou de pé. A Babilônia perdeu o seu poder, mas Daniel continuou sendo uma bênção para outro império. O v. 21 mostra o triunfo de Daniel. Ele continuou fiel até o primeiro ano de Ciro. Ele atravessou 70 anos de cativeiro com uma vida limpa diante de Deus. Ele começou bem e terminou bem. 
• Hoje muitos começam bem e terminam mal. São crentes consagrados até enfrentarem a primeira prova, mas depois negociam seus valores, vendem suas consciências e se perdem no cipoal de suas paixões e deixam sua devoção a Jesus, deixam a igreja e se contaminam com o mundo. 
• Babilônia passou e um novo império surgiu, mas Deus continuou servindo a Deus na Babilônia. Reis subiram ao trono e desceram do trono, mas Daniel continuou como um homem incontaminado.

 

CONCLUSÃO

 

• Daniel foi um jovem fiel e incotaminado apesar da sua aparência, das suas oportunidades, dos seus dotes, dos seus riscos e da sua glória.
• Você é um jovem fiel a Deus na adversidade e na prosperidade? 
• Você tem se guardado incontaminado do mundo? Você é influenciador? Você faz diferença no meio em que você vive? As pessoas são atraídas a conhecer a Deus através do seu testemunho?